22/01/2021
LINGUAGEM E REALIDADE II - SIGNO E SIGNIFICADO
Para entendermos o processo que permite que um determinado sinal expresse ou indique um significado ou sentido, é preciso que façamos as distinções devidas:
O sinal ou signo torna presente o sentido ou significado, substituindo-o ou representando-o. A palavra bola é sinal que representa a ideia de bola.
O significado, portanto, é aquilo que é representado pelo signo, é a ideia ou conceito indicado.
Ao conhecermos algo por meio de um sinal, estabelecemos uma relação entre quem conhece (eu, por exemplo) e o objeto conhecido (a bola).
Isso porque o sinal se apresenta no lugar do sinalizado e o expressa de modo a tornar o sinalizado conhecido. Em outras palavras, o sinal representa o sinalizado.
Os sinais podem ser naturais ou convencionais.
São naturais quando a sua própria natureza indica ou significa algo além dela mesma.
Essa indicação natural pode se dar de maneira intrínseca e extrínseca:
Um exemplo de indicação extrínseca é a indicação de causalidade: quando percebemos que, por algo existir, tem de haver outra coisa que o causa. Um exemplo disso é a clássica relação entre a fumaça e o fogo. Quando dizemos “onde há fumaça, há fogo”, queremos dizer que a fumaça é um sinal do fogo, uma indicação de que existe fogo, de que foi o fogo que a causou.
Já a indicação natural intrínseca é a da relação simbólica, da qual trataremos num texto posterior.
Os signos convencionais são os determinados pelo homem. São os códigos de sinais sonoros, escritos etc., que formam as línguas e permitem a comunicação num grupo de pessoas que conhece as relações estabelecidas entre os sinais e os significados.